Acordamos
cedo e descobrimos que o café da manhã atrasaria. Houve algum
problema com o forno da padaria que trabalha para o hotel e não
haveria entrega dos pães. Enquanto isso fomos lubrificar as motos e
prender os baus. Voltamos para o hotel e nada dos pães. Vamos tomar
só um copo de café mesmo e tá bom.
Enquanto
tomávamos o café com leite, uma outra funcionária do hotel aparece
com alguns pães amassados e croissant. Ótimo. Já dá para encarar
os 760 km da volta.
Deixamos
o hotel e seguimos forte em direção ao Brasil. Nenhuma novidade na
estrada. Bem pavimentada, pedágio em alguns pontos, sem sustos, e
com tempo bom.
Quando
estávamos quase chegando na última cidade da Argentina, Paso de Los
Libres fomos parados pela primeira vez pela polícia. Paramos nós
três no acostamento e esperamos pelas instruções. Só a
habilitação. Precisa ser a PID? Não só a habilitação. O
policial olhou, tudo certo. Boa viagem.
Menos
de 10 km depois fomos parados outra vez. Agora a farda do policial
era diferente, não havia posto policial, apenas um cone no meio da
pista e uma viatura parada no acostamento.
Desci
já pegando a habilitação. Mas logo estava montando na moto de
novo. O policial nem chegou a vir falar comigo ou com a moto de trás,
o papo ficou somente com a primeira moto. Logo mais a frente quando
paramos perguntei o que rolou. O policial já parou pedindo ajuda, um
dinheirinho. O que nos salvou da propina foi dizer que estávamos
terminando a viagem e que não tínhamos mais efectivo,
viajávamos apenas com a tarjeta. Ele deve ter visto a minha câmera
no guidão da moto e nem chegou a tentar o mesmo papo comigo,
dispensou ali mesmo.
Mais
alguns quilômetros e chegamos na aduana, na cidade Paso de los
Libres. Deixamos as motos no estacionamento e apresentamos os
passaportes e o documento da moto para vistoria. Passaportes
novamente carimbados, tivemos que apresentar para uma outra fiscal na
saída do prédio. Tudo certo. Voltamos as motos, atravessamos a
ponte e estávamos de volta ao Brasil.
Dessa
vez não precisamos buscar por hotéis, pois eu já havia reservado.
Paramos as motos já dentro do estacionamento do hotel. Tomamos
aquele banho e fomos mais que depressa buscar um restaurante com self
service.
Uma
pena que era domingo a noite e não havia muitos restaurantes naquela
região. Mas encontramos um que servia a tão queria picanha na
chapa, bem servida com uma guarnição de arroz, outra de salada,
outra de maionese e uma de batatas fritas. Essa fartura toda por
apenas 35 reais. Ah meu Brasil...