Enquanto
tomávamos nosso desayuno, ouvimos comentários sobre o tremor que
havia balançado o prédio naquela noite. Eu não percebi o tremor,
mas acordamos no exato horário achando que estávamos passando mal
por causa da comida da noite anterior. Só então descobrimos o
motivo de todo aquele desconforto. Esse foi o primeiro tremor da
viagem. Sim, teve mais.
Depois
do café, saímos em busca da La Portada. Lá encontramos um outro
grupo de motociclistas que vinham no sentido contrário, estavam indo
para San Pedro de Atacama. Fizemos as fotos com a pedra furada e
partimos em direção do ponto alto da viagem, a famosa Mão do
Deserto.
Las motocas e La Portada.
Havíamos
combinado de encontrar com o Coronel lá na Mão, mas demoramos mais
do que o previsto e o baiano seguiu viagem solo, voltando a nos
encontrar em Caldera.
No
meio do deserto, um monumento surge ao fundo. Ela saúda os viajantes
de longe, e convida para ser vista mais de perto.
Uma
placa de “escultura” avisa aos desavisados sobre sua presença e
indica o caminho para chegar mais perto.
Um
pouquinho de off road e logo chegamos. Lá já havia um outro
motociclista fazendo suas fotos, um Canadense em sua Triumph Tiger
800 XC. Ele estava percorrendo todo o litoral das Américas, e já
estava quase concluindo sua jornada. Ofereci minhas habilidades de
fotografo para fazer uma foto dele com a moto e a Mão de fundo, logo
em seguida ele se despediu e continuou a viagem. Nós ficamos por lá,
por bastante tempo até concluir todas as fotos que queríamos.
Foto obrigatória.
Essa também.
Depois
de quase uma hora, foi nossa vez de despedir da Mão e continuar a
viagem até nosso próximo destino, Caldera.
No
meio do caminho paramos para remover o forro térmico das roupas de
cordura, pois o calor estava demais.
Alguns
quilômetros depois chegamos a pequena cidade de Caldera. Boa parte
da viagem desse dia foi beirando o litoral, uma visão muito bela do
pacífico, contrastando com todo aquele visual de deserto.
Brisando...
Caldera
é uma cidade pequena, bem simples, de povo simples e bem-educado.
Paramos nossas motos no centro da cidade e fomos em busca de um
hotel. Encontramos vários hosteis familiares, mas ficamos num hotel
padrão, que oferecia café da manhã e estacionamento, ao lado do
mar. Como de praxe, tomamos um banho e fomos procurar um local para
jantar.
Encontramos
uma lanchonete com um bom preço e ficamos por lá mesmo. Enquanto
devorávamos uma pizza, o Coronel Motta Lima reaparece e nos mostra
suas fotos com a Mão do Deserto. Dessa vez nos despedimos de
verdade, pois dali ele seguiria mais ao sul do Chile, enquanto nós
ficaríamos em La Serena, nossa última pousada antes de despedir do
Pacífico.
Terceiro reencontro com o Coronel.
Em
Caldera não pudemos aproveitar do oceano, nem mesmo ver o pôr do
sol. O paredão de nuvens continuava la, firme, impedindo o mergulho
do sol. E a praia da cidade não nos convidou ao banho.
Voltamos
para o hotel e fomos dormir para o dia seguinte.
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