Dessa vez
o desayuno foi mais abonado. Self service quase parecido com o do
Brasil. Só tinha croissant e algumas torradas, mas pelo menos,
poderíamos comer quantos quiséssemos.
Desayuno
Motos
abastecidas, voltamos para a longa reta, para descobrir logo a frente
que parte dela estava em manutenção, com desvios não pavimentados,
mas não chega a ser o famoso rípio. Era terra batida, com poucas
pedras. Eu que não me dou bem no off road me sai rasoavel, sem
atrasar muito os amigos. A RN 16 se manteve assim por um bom trecho,
hora asfalto, hora terra. O que foi bom, pois nos fez redobrar a
atenção, e evitar os animais na estrada, que eram muitos.
Obras na pista
Cabras na pista
Em sua
maioria, eram cabras e cabritos, cruzando ou ao lado da pista. Mas em
um momento em achei que a viagem terminaria ali. Pouco antes de
chegar na cidade de Monte Quemado para um abastecimento, havia um
grupo de cavalos pastando ao lado da pista. Um deles, o maior, se
assustou ou se enfureceu com a passagem das motos e arrancou para
cima da Vstrom, que estava logo em minha frente, mas desistiu e parou
no meio da pista. Bem no meu caminho. Eu paro e o espero cruzar, eu
passo devagar e torço para ele não me ver, ou acelero e
continuo?... Não deu muito tempo para pensar nessas coisas na
verdade. Logo após ele desistir de perseguir a Vstrom, ele se virou
para a minha moto e arrancou. Eu fiz o mesmo, mas na direção
contrária. Para a minha sorte eu estava com o modo sport ativado e a
arrancada da minha moto foi mais rápida que a do cavalo solitário.
Mas acredito que ele passou a centímetros do meu baú lateral, pois
pude ver de perto o peito largo daquele garanhão, querendo cruzar
com minha moto... Será que ele não percebeu que 95 cavalos era
demais para ele?
Passamos
por sorte daquele cavalo estressado e logo depois começou a chuva.
Chuva que nos acompanharia até chegar ao pé da Cordilheira dos
Andes. Mais uma vez contamos com a sorte, pois começou a chover nos
quilômetros finais do trecho em obras, e pegamos apenas algumas
partes com lama, nada que forçasse utilizar meus conhecimentos
inexistentes em off road. No meio dessa reta encontramos os dois
grupos de motociclistas, os paulistas que conhecemos em Campo Mourão,
e os brasilienses que conhecemos em Posadas. Houve um problema na
moto de um deles, e um outro caiu ao entrar no acostamento da Ruta em
obras. Nada grave, apenas amassados no baú, mas todos voltaram a
estrada.
Chuva no Chaco
A parte
chata de viajar com chuva é que ela te impede de ver as belezas da
estrada. Passamos pela região de Salta e Jujuy sem apreciar nada.
Esse trecho foi apenas para deslocamento.
Mas ao
chegar mais próximo a Cordilheira percebemos que tudo mudaria. Ao
começar a subir o clima e a paisagem foram mudando aos poucos. A
chuva parou, a viseira do capacete foi desembaçando e a Cordilheira
começou a aparecer. E que vista. Naquele momento eu percebi que a
viagem realmente estava começando.
Era um
festival de cores. Nunca havia visto montanhas como aquelas. E olha
que já rodei bastante por Minas Gerais. Mas nada se compara a imensa
Cordilheira.
Tivemos
que parar num momento da estrada, pois a vista era incrível. Uma
pena que só percebi que a lente da câmera estava embaçada e suja
quando cheguei no hotel e fui ver as fotos... Vocês vão precisar
fazer essa viagem para ter o prazer da vista.
Aos pés da Cordilheira dos Andes
Assim
que adentramos na Cordilheira o Sol reapareceu e pudemos chegar quase
secos na cidade de Purmamarca. Uma cidade bem pequena, com
características rústicas, cercada pela Cordilheira. Uma beleza
impar.
Ficamos
hospedados numa espécie de hostel, mas com banos privados. Nesse
mesmo hostel estavam um grupo de motociclistas argentinos, que
estavam seguindo para o Peru.
Jantamos
um belo lomo de pollo a milanesa com salada, pedimos alguns “diarios”
para colocar nas botas e tentar secá-las e fomos dormir.
Azuleide e suas amigas argentinas em Purmamarca
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